quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Haiti: End Of Mission do Capitão Algenor

O Capitão Algenor Teixeira Filho (foto acima), da Polícia Militar do Estado do Amazonas, chegou ao Brasil no último dia 17 de janeiro após concluir o seu tempo de serviço na Missão da Paz da ONU no Haiti - MINUSTAH. Foram 24 meses In The Service of Peace em solo haitiano, sendo 12 meses de serviço normal e mais duas extensões de seis meses.
O Capitão Algenor recebeu a primeira extensão em janeiro de 2010, em meio à tragédia provocada pelo terremoto que assolou o Haiti. A permanência de UNPOLs experientes e adaptados à missão naquele momento foi fundamental para que a MINUSTAH pudesse se reerguer rapidamente e oferecer o suporte necessário na área de segurança pública à população haitiana nos primeiros meses que se sucederam ao desastre.
Durante todo o período em que esteve no Haiti o Capitão Algenor desempenhou com destaque a função de Comandante do Contingente Policial Brasileiro - Contingent Commander. Sempre preocupado em assegurar que nossos policiais, ao chegar na missão, fossem designados para funções-chave dentro da estrutura organizacional da MINUSTAH, o Capitão Algenor, usando da diplomacia e da boa reputação que angariou no transcorrer de seu tour of duty, conseguiu romper barreiras internas e colocar todos os brasileiros em funções importantes nas unidades pertencentes à Diretoria de Operações da Missão - DIROPS. Foi por este motivo que no primeiro contingente policial brasileiro comandado pelo Capitão Algenor (2009), o Capitão Bassalo, da Polícia Militar do Estado do Pará - PMPA, assumiu a Unidade de Crowd Control (foto abaixo) e o Tenente Heberton, da Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF - assumiu coordenação da UNPOL/HNP SWAT Unit.Já no segundo contingente (2010), o Capitão Algenor gestionou junto ao comando da Missão e conseguiu com que o Tenente Couto, da Polícia Militar do Estado de Pernambuco - PMPE - fosse designado como o primeiro comandante da K9 Unit, primeira unidade policial haitiana especializada em emprego de cães. Bem como, o Capitão Honda - PMAM - e o Capitão Tadeu, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ - fossem designados para a Unidade de Coordenação de Operações policiais, ficando todos os brasileiros na DIROPS. Abaixo o Capitão Honda (em pé à esquerda) e o Capitão Tadeu (em pé ao centro) aparecem durante reunião preparatória para uma operação policial.

Durante seu comando, o Capitão Algenor manteve contato com inúmeras autoridades brasileiras e estrangeiras, oportunidades em que sempre argumentou e defendeu o aumento do efetivo policial brasileiro na MINUSTAH, como no caso da foto abaixo onde ele aparece ao lado do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante visita do Ministro às tropas brasileiras em Porto Príncipe.
Em algumas ocasiões este anseio de aumento do efetivo e, por consequência, da importância do Brasil dentro do braço policial da MINUSTAH também foi relatado ao Embaixador brasileiro no Haiti, Igor Kipmann, o qual aparece na foto abaixo junto ao contingente UNPOL brasileiro de 2010.
Foram dois anos de intenso trabalho nos quais o Capitão Algenor comandou várias operações policiais, como nos mostram as fotos abaixo. Em especial a "Operação Anaconda" (foto abaixo) realizada no final de agosto de 2009, oportunidade em que o Capitão Algenor comandou um efetivo de 130 homens composto por UNPOLs e policiais haitianos e que resultou na destruição de mais de 12 mil pés de maconha prontos para a colheita e 150 kg da droga pronta para a comercialização, tornando-se a maior apreensão de drogas feita pela MINUSTAH desde o início da missão em 2004. Esta operação ganhou destaque na impresa internacional, conforme o texto publicado em 1º de setembro de 2009. (clic sobre a data anterior para acessar o texto na íntegra). Ou ainda, as operações policiais na famosa favela de Cité Soleil, como no caso da operação realizada em maio de 2010 com objetivo de prender fugitivos da Penitenciária Nacional, na qual o Capitão Algenor concedeu entrevista à imprensa dando os detalhes do trabalho da UNPOL no local. Este vídeo foi postado aqui no blog em 27 de maio de 2010.(clic na data anterior para acessar o vídeo).

O excelente serviço prestado, a capacidade de comando nas operações policiais e de articulação com os demais setores da missão (civis e militares), bem como o bom relacionamento com o comando da MINUSTAH renderam ao Capitão Algenor a segunda extensão de seis meses, no segundo semestre de 2010.

Por fim, a dedicação do Capitão Algenor ao serviço policial das Nações Unidas teve o reconhecimento formalizado em Dezembro do ano passado quando este valoroso policial brasileiro perfilou-se em local de destaque junto a Oficiais do Estado-Maior do BRABATT durante a cerimônia de Medal Parade brasileira e recebeu das mãos do Representante Especial do Secretário Geral da ONU no Haiti - SRSG - Edmond Mulet a Medalha "In Service Of Peace".

Parabéns ao Algenor pela dedicação e entusiasmo com que representou e enalteceu o nome do Brasil e de sua Corporação, a Polícia Militar do Estado do Amazonas, na comunidade de nações que integram a Missão de Paz da ONU no Haiti!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Capitão Osório é condecorado pela ONU na Guiné Bissau

Os Policias brasileiros integrantes da Missão das Nações Unidas na Guiné Bissau – UNIOGBIS – foram condecorados no último dia 14 de janeiro de 2011 com a Medalha de Serviço Especial das Nações Unidas. A cerimônia aconteceu na sede do Gabinete Integrado das Nações Unidas localizado na capital Bissau.
Os 12 UNPOLs homenageados (foto acima) são oriundos de 7 países (Angola, Brasil, Moçambique, Paraguai, Portugal, Suiça e Zimbabue ) e fazem parte da Unidade de Reforma Policial a qual integra o setor de Reforma da Segurança daquele país africano.
O contingente policial brasileiro na UNIOGBIS é composto por 5 Oficiais, dos quais 4 são integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal – PMDF - e 1 é integrante da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul - BMRS. Os UNPOLs brasileiros são os seguintes: Coronel Nelson Werlang Garcia, o qual é o Senior Police Adviser; Tenente Coronel Marcos Aurélio Vitoriano Matias, Tenente Coronel Florisvaldo Ferreira Cesar , Tenente Coronel Denise Dantas de Aquino, todos da PMDF, e o Capitão Tales Américo Osório.
A experiência em Operações de Paz foi critério determinante para a designação destes policiais brasileiros para integrarem a missão na Guiné Bissau, visto que todos estão, no mínimo, em sua segunda Missão de Paz.
O Capitão Osório, meu contemporâneo de APM/RS, é veterano da Missão de Paz da ONU no Haiti – MINUSTAH - onde esteve em 2006 (foto abaixo com crianças haitianas no bairro de Martissant).
Atualmente o Capitão Osório desempenha a função de Assistente Especial do Senior Police Adviser e já havia nos enviado um relato sobre suas atividades na UNIOGBIS, o qual reproduzo abaixo:

Um dos objetivos da ONU é organizar, em conjunto com a comunidade internacional, a Reforma do Setor de Segurança da Guiné-Bissau. Isto passa pela reformulação do número de forças policiais (hoje são 09 polícias) bem como a criação de uma Guarda Nacional. Eu trabalho no Setor de Reforma da Segurança, mais especificamente na Unidade de Reforma Policial. O Chefe deste Setor é o Coronel Nelson Garcia da PMDF e eu sou o seu Assistente Especial (Special Assistant to the Senior Police Adviser). Também sou responsável pelo controle de pessoal e logística de nossa equipe (A Seção é formada por 05 brasileiros, 01 português, 01 suíço, 01 ghanês, 01 paquistanês, 01 moçambicano, 01 paraguaio, 01 zimbabwense, 01 alemão, 01 nigeriana, 01 espanhol e 01 americano). A seção é dividida em 05 pilares que são a Reforma Administrativa; de Ensino e Recursos Humanos; Boa Governança; Gênero e grupos vulneráveis e Operações. Dentre os primeiros projetos já implementados por nossa seção constam um laboratório computadorizado de treinamento policial e a construção de uma Esquadra (Companhia) Policial Modelo que está localizada no Bairro Militar (uma zona carente da capital Bissau)"

Parabéns a todos os UNPOLs agraciados com a Medalha da UNIOGBIS!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Haiti: Texto do Capitão Carrera expressa o sentimento de quem perdeu amigos na tragédia haitiana

Hoje completam-se exatos 12 meses do terremoto que praticamente deixou a capital haitiana, Porto Príncipe, e cidade vizinhas em escombros. Muitas vidas se perderam, população local, missionários religiosos, integrantes de ONGs e quase uma centena de integrantes da Missão de Paz da ONU - MINUSTAH, como o Capitão Cleiton (Foto acima o 2° a partir da esq.), da Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF. A homenagem aos brasileiros que tombaram no cumprimento do dever eu já prestei no texto publicado aqui blog há dois meses, no dia 02 de novembro, sob o título "Dia de Homenagear Heróis Brasileiros". Por isso reproduzo aqui o texto escrito pelo Capitão Carrera, da PMDF, publicado no seu Blog Missão de Paz.

"1 ano para refletir
1 ano. 12 de janeiro de 2010. Tarde brasileira. Trevas haitiana. Quando meus olhos se voltaram para o plantão de notícias da televisão pensei que se tratava de uma ilusão. Um pesadelo. Minha testa franzida, juntamente com a de mais outros tantos que se encontravam diante do aparelho, parecia não acreditar nas primeiras imagens e informações desencontradas que eram transmitidas. Demoraram alguns minutos até eu me dar conta dos fatos. Fiquei atordoado. Perdido. Sem saber bem o que fazer, busquei o meu laptop e a conexão via internet para contactar os amigos que estavam no Haiti. Um grande amigo de mais de uma década. Um amigo fiel e cumpadre. Policiais militares. Militares. Civis. Brasileiros. Estrangeiros. Amigos. Conhecidos. Nações Unidas. MINUSTAH. Porto Príncipe. Haiti. Rapidamente me conectei com alguns. Via email. Telefone. Passei a transmitir aos familiares e amigos as poucas mas aliviantes notícias. De vida. De sobrevivência. Um a um, sem considerar grau de importância, os nomes foram sendo confirmados. Sentimentos de conforto e apreensão se confundiam. Antagônicos. Complexos. Confusos. Apreensivos. Em algumas horas praticamente fui postando tudo que tomava conhecimento no blog. Viva a internet! Esperança. Os meus exatos 365 dias no Haiti me transportavam diretamente as imagens distorcidas da tragédia que eu via na mídia, recebia por email. Seria possível ter aquilo mesmo acontecido? – me questionava. O Hotel Christopher, Sede da Missão, estava em ruínas. Eu trabalhei por um ano ali. Naqueles destroços que infelizmente eu me recusava a acreditar. No transcurso da história da humanidade, 3 anos nada significam. Eu poderia estar lá. Eu queria estar lá. Não para ser herói. Não para dizer que estava. Eu queria estar lá para ajudar. Para ser útil. Para encontrar. Para fazer alguma coisa. Outros tantos também queriam. Amigos. Conhecidos. Sobreviventes. Impotência. Sentimento difícil de descrever. Dezenas de policiais militares prontamente se voluntariaram para embarcar imediatamente para o Haiti. A indiferença foi plena das “autoridades”. A mídia repercutiu a vontade. Das autoridades, o silêncio. Sequer cogitaram. Frustrante. Veteranos que atuaram na MINUSTAH. Que conheciam as ruas, vielas, o idioma, a cultura, a violência…seres humanos dispostos. Angustia pela procura por um amigo. Um amigo fiel. Um filho presente, amado. Um marido amável. Um pai impecável. Um profissional inquestionável. Um policial militar. Um diplomata por natureza. Um brasileiro. Revolta. Esperança. Deus. Ligações. Emails. Os sobreviventes passaram a ser heróis. Não por que quiseram ser. Mas porque assim foram ‘chamados’ para serem. Equipes brasileiras seguiam para o Haiti. Bombeiros Militares. Militares. Mas não policiais militares. Nem mesmo os veteranos. (Hoje não mais importa). E um policial militar brasileiro estava dentre os desaparecidos. A mídia não registrava. As autoridades não registravam. Não contabilizavam. Os dias passavam. Mas os amigos perpetuavam na divulgação de seu nome no Brasil e no mundo. Em português. Em inglês. Em francês. Em espanhol. Em alemão. No Haiti, outros tantos, inclusive policiais militares, não paravam de procurá-lo. Os dias se passavam. A dor amanhecia com o raiar do sol. Nem mesmo o anoitecer e as longas madrugadas eram capazes de acalmar os corações de quem o amava. A certeza e fé em Deus não permitiam desistências ou dúvidas. Força! Fé! Sua família no Brasil. Sua família no Haiti. Sobreviventes. Ascendentes. Descendente. Cônjuge. Amados. Eternos. 7 dias se passaram. As buscam continuavam. Implacáveis. Incessantes. Desgastantes. Mas ininterruptas. 8 dias de sofrimento. Uma ligação no meio da noite. Do Haiti. A confirmação da ruptura de uma linda história de vida, de amor, de respeito, de amizade, de persistência. Encontrado por um brasileiro. Um policial militar. Dor. Amargura. Sonho ou pesadelo? Desespero. Amigos. Família. A incumbência de informar. De confirmar o que todos se recusavam a cogitar. Castigo maior não deve existir. Nem ao inimigo se pode desejar tamanha carga. Ser forte quando se está fraco. Amigos. Família. No Brasil. No exterior. Perda. Indescritível. Imensurável. O que fazer? Sofrer. Relembrar. Orar. Parte da vida. Quem parte leva consigo um pouco de cada um de nós. Precisamos ser fortes. Temos que ser. Mas choramos como crianças. Inconsoláveis. Perdidos. Fraturados. Honras de herói. Os amigos jamais permitiriam, mesmo com a falta de sensibilidade de alguns, que qualquer momento de sua homenagem fosse posta em cheque. Que houvesse algum erro. Reconhecimento público. Digno. Belo. Triste. Impecável. Cada um que é merecedor algum episódio deve guardar em si o valor pelo aquilo que fez. As salvas de tiro atravessavam o coração de todos que ali estavam pelo que representou na vida de cada um. Viveu e partiu como um herói. 1 ano. Parece que foi ontem. Nas últimas semanas pensei no que escrever. Como escrever. O que escrever. Nada me veio a cabeça. Nenhuma linha. Hoje me sentei por alguns minutos e comecei a digitar. Como há exatos 365 dias. Poucos minutos. Sem retoques. Sem releituras. Sincero. Simplesmente o que estava na cabeça. Agora. O que me vem? Um sorriso enorme. Incentivador. Motivador. Feliz. Uma referência. Um apelido criado e somente usado por ele. Sonhos antigos compartilhamos. Entramos juntos na vida policial militar. 3 anos de Academia. Todos os dias. Por todo o dia. Trabalhamos juntos no Brasil. Trabalhamos juntos no Haiti. Dificuldades aqui e lá. Felicidades aqui e lá. Me visitou. Me ajudou no Brasil. Me ajudou no Haiti. Talvez eu também o tenha ajudado de alguma maneira. Um dia saberei. Ou não. Não importa. Eu aprendi. Ganhei. Recebi. Lembro-me da última vez que nos vimos. Fim de 2007. Saímos para jantar. Um restaurante francês no então charmoso bairro de Pétion-Ville. Lembranças. Conversas. Risadas. Perspectivas. Dúvidas. Fim de 2009. Algumas ligações. Lembranças. Conversas. Risadas. Perspectivas. Dúvidas. Um dia será eu. Um dia outro ente querido, amado. O que realmente importa é poder pensar em seu nome e somente lamentar sua prematura partida. Mas ao mesmo tempo rir de quem fez rir. Da alegria. Do bom humor. Do eterno carpe diem. Da família que ficou e foi incorporada por tantos. Do herdeiro que tanto com ele se assemelha. Lembranças. Sempre ótimas. Eu só tenho a agradecer. Que prazer. Obrigado por ter feito parte da minha vida. De nossas vidas. Merci mon ami Cleiton Batista Neiva. 12 de Janeiro de 2011.
“Carrier”

Nossas homenagens à memória de todos que perderam suas vidas nesta grande tragédia.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tenente Coronel Braga assume SubChefia da Casa Militar no Pará

Agora à tarde recebi e-mail do Capitão Bassalo, da Polícia Militar do Estado do Pará, veterano da MINUSTAH, informando que outro veterano também da MINUSTAH assumiu função de destaque na Casa Militar do Governo do Pará. Trata-se do Ten Cel Braga (na foto acima durante cerimônia do nosso Medal Parade em outubro de 2007), o qual foi meu Contingent Commander e Chefe de Unidade (Traffic and Circulation Unit) durante o segundo semestre de 2007 em Porto Príncipe. É com grande satisfação que recebo esta notícia e, com certeza, todos que o conhecem partilham do mesmo sentimento.
Abaixo transcrevo a informação do Capitão Bassalo:
"O Ten Cel José Vicente Braga veterano da MINUSTAH(Contingente 2007/2008) foi nomeado Sub Chefe da Casa Militar do Governo do Estado do Pará. Oficial disciplinado e competente com currículo extenso, ainda consta como aprovado(nos dois idiomas: inglês/francês) no Banco de dados do COTER para cumprimento de missões de paz, nos exames prestado em Manaus no final de agosto do Ano passado, e ainda concorrendo a vaga de Oficial de doutrina policial da ONU em Brindisi na Itália."
Na verdade o Ten Cel Braga está retornando para a Casa Militar do governo do Pará, de onde saiu para integrar a Missão de Paz da ONU no Haiti no período de dezembro de 2006 à dezembro de 2007.
Parabéns ao grande Comandante do Contingente 2007/2008 da MINUSTAH!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MINUSTAH: Capitão Algenor comanda operação contra o narcotráfico

Dando continuidade às operações de combate ao tráfico de drogas no Haiti, o Capitão Algenor (foto acima), da Polícia Militar do Estado do Amazonas- PMAM, comandou ontem uma operação policial na região de Saint Marc onde foram detectadas plantações de maconha, ao todo foram destruídos seis campos repletos de pés de cannabis sativa. A operação contou com a participação de sete UNPOLs da Diretoria de Operações MINUSTAH, dentre os quais estavam o Capitão Algenor e o Capitão Tadeu, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ, quatro UNPOLs pertencentes à região de Saint Marc, dois Policiais Haitianos da PNH, bem como contou com o apoio de sete militares do contingente militar argentino.
Segundo o Capitão Algenor, o grupo foi recebido com tiros ao chegar ao local das plantações e reagiu ao ataque. Não houve feridos e os traficantes conseguiram fugir do local. No entanto, o mais importante é que a plantação foi destruída e cerca de 100 quilos de maconha foram apreendidos e levados para Porto Príncipe em mais um duro golpe no narcotráfico haitiano. Na foto abaixo podemos ver parte dos integrantes da operação (Cap Tadeu èsq. e Cap Algenor à direita).
Abaixo, outros dois momentos da operação na região de Saint Marc, mais especificamente na localidade de Blissard, sendo que na primeira vemos o Capitão Algenor atravessando um riacho com um feixe de plantas de maconha. E na segunda, o descarregamento da droga em Porto Príncipe.
Parabéns à equipe da DIROPS e, em especial, aos UNPOLs brasileiros em mais esta ação exitosa em terras caribenhas.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Conselho de Segurança da ONU renova sua composição

O Conselho de Segurança das Nações Unidas sofreu uma mudança em sua composição no dia 1º de janeiro, visto a conclusão do mandato de 02 anos de alguns países e a assunção das cadeiras vagas pelos cinco novos membros não-permanentes eleitos em outubro do ano passado. Os novos integrantes do Conselho de Segurança para o biênio 2011-2012 são a Colômbia, a Alemanha, a Índia, Portugal e a África do Sul. Já o Brasil entra para o 2º ano de seu mandato e deverá assumir a Presidência rotativa do Conselho de Segurança no mês de fevereiro. Neste mês de Janeiro a Presidência será exercida pela Bosnia-Herzegovina.
O Conselho de Segurança certamente terá muito trabalho pela frente, a começar pela recontagem dos votos da eleição no Haiti a qual definirá os candidatos que irão para o segundo turno, o referendo sobre a separação do sul do Sudão e a atual crise na Costa do Marfim que coloca aquele país africano sob a ameaça de uma nova guerra civil.
Fonte: Site UNDISPATCH